O trabalho terá este desfecho quando tiver um problema correlacional onde existam duas variáveis. Sendo uma delas a variável que teoricamente vem antes da outra. Estas são conhecidas como variáveis antecedentes e consequentes.
Observe que na causalidade uma variável é a causa e outra é a consequência. Quando se trata de correlação, existe a consequência, mas a outra variável não é a causa.
Exemplo de causalidade: O produto dobrou de preço e as vendas caíram. Claramente, o aumento de preço é a causa e a queda na receita é uma consequência.
Exemplo de correlação: A localização do produto mudou e as vendas caíram. O local é de fato uma variável antecedente à ocorrência, mas não podemos dizer que foi a causa.
Assumir a localização como causa é um erro chamado de relação espúria. A localização não é a única variável que antecedeu a ocorrência e não há relação de causa e efeito entre elas.
Por exemplo: De que forma os tipos de parto influenciam na qualidade do sono do bebê?
No exemplo acima podemos observar duas variáveis nominais:
- Tipos de parto
- Qualidade do sono
Para analisar a influência dos tipos de parto na qualidade do sono, podemos nos perguntar qual é a consequência?
Vejamos que a qualidade do sono não pode consequentemente alterar o tipo de parto, portanto, o tipo de parto é a variável antecedente e a qualidade é consequente. O resultado primário é geralmente a variável antecedente. O que a gente quer saber é se os tipos de parto influenciam, então essa é a variável de desfecho primário.
Imaginemos o oposto. Veja abaixo:
Por exemplo: De que forma a qualidade do sono da gestante influenciam no tipo de parto?
Podemos assumir as mesmas variáveis, porém, agora elas são colocadas em posições diferentes. A variável antecedente agora é a qualidade do sono, sendo justamente o que queremos estudar, portanto, será o desfecho primário.
Abaixo segue o vídeo onde apresentamos como deve ser o resultado desse tipo de pesquisa: