A pesquisa-ação é uma abordagem de pesquisa que busca gerar mudanças práticas e transformadoras em um ambiente ou situação específica, envolvendo uma colaboração entre os pesquisadores e os participantes envolvidos. Além da pesquisa-ação, existem outras abordagens de pesquisa que podem ser consideradas semelhantes ou complementares a esta, tais como:
- Pesquisa participante: similar à pesquisa-ação, a pesquisa participante envolve a colaboração entre os pesquisadores e os participantes envolvidos na pesquisa. A pesquisa participante visa dar voz e poder aos participantes para que possam contribuir para a pesquisa, identificar e solucionar problemas e implementar mudanças práticas em seu ambiente.
- Pesquisa colaborativa: é uma abordagem de pesquisa que envolve a colaboração entre pesquisadores e os participantes, com o objetivo de co-construir conhecimentos e soluções para os problemas identificados. Nessa abordagem, os pesquisadores são considerados parceiros iguais dos participantes e trabalham juntos para desenvolver um conhecimento compartilhado e uma ação colaborativa.
- Pesquisa-ação participante: é uma abordagem que combina a pesquisa-ação e a pesquisa participante. Nessa abordagem, os pesquisadores e os participantes trabalham juntos para identificar problemas, criar soluções e implementar mudanças práticas em seu ambiente.
- Pesquisa-ação crítica: é uma abordagem que combina a pesquisa-ação com a teoria crítica, que busca entender as causas e as consequências das desigualdades sociais. Nessa abordagem, os pesquisadores trabalham com os participantes para identificar e solucionar problemas, mas também buscam entender as raízes dos problemas e como eles estão relacionados a questões sociais mais amplas.
Essas abordagens de pesquisa têm em comum o fato de envolverem a colaboração entre os pesquisadores e os participantes, com o objetivo de gerar mudanças práticas e transformadoras em um ambiente ou situação específica. A escolha da abordagem mais adequada depende do contexto da pesquisa e dos objetivos específicos da pesquisa.
As etapas da pesquisa-ação podem variar de acordo com a abordagem específica adotada, mas geralmente incluem as seguintes etapas:
- Identificação do problema: nesta etapa, os pesquisadores trabalham com os participantes para identificar os problemas que afetam o ambiente ou situação em questão. Esses problemas podem ser identificados através de entrevistas, observações ou outras técnicas de coleta de dados.
- Planejamento: nesta etapa, os pesquisadores e participantes colaboram para planejar a intervenção que será implementada para solucionar o problema identificado. Isso pode incluir a definição dos objetivos, a identificação das ações necessárias, a seleção das técnicas de coleta de dados e a definição do cronograma de implementação.
- Implementação: nesta etapa, a intervenção é implementada de acordo com o plano desenvolvido na etapa anterior. Os pesquisadores e participantes trabalham juntos para implementar as ações necessárias para solucionar o problema identificado.
- Avaliação: nesta etapa, os pesquisadores e participantes avaliam os resultados da intervenção implementada. Isso pode incluir a coleta de dados para medir o impacto da intervenção, a análise dos resultados e a identificação dos pontos positivos e negativos da intervenção.
- Reflexão: nesta etapa, os pesquisadores e participantes refletem sobre o processo de pesquisa-ação, incluindo as decisões tomadas, os resultados obtidos e os aprendizados adquiridos. Isso pode ajudar a identificar lições aprendidas e orientar futuras intervenções.
- Ação futura: com base na reflexão realizada na etapa anterior, os pesquisadores e participantes podem decidir implementar novas intervenções ou aprimorar as intervenções existentes, dando continuidade ao processo de pesquisa-ação.
Essas etapas podem ser adaptadas ou modificadas de acordo com as necessidades da pesquisa e as características do ambiente ou situação em questão.